São muitos os casos que contam sobre as bruxas . Em muitos,desconfiavam que as próprias avós e madrinhas embruxavam a criança. A mãe percebia o desespero do filho quando elas chegavam . No norte da ilha havia um menino que chorava muito.Toda noite aparecia uma borboleta no quarto.Os pais chamaram a bendezeira.Realmemte a borboleta estava rodando em volta do berço.A bendezeira chamou o pai na cozinha e falou -oia eu vou faze uma simpatia e tu pegas a vassoura e vê se consegue quebra a asa dela.Se tu consegui, amanhã tu vai sabe quem é a disgramada que anda fazendo isto.O pai lutou tanto e quebrou a asa da borboleta.Saiu se arrastando com uma asa só e não foi mais vista naquela noite. No outro dia cedo, apareceu a comadre com o braço quebrado na casa do menino . Então o pai falou -Ah... és tu digraçada que andas aqui sua bruxa.A mulher saiu cabisbaixa e envergonhada e não respondeu nada. diziam os mais velhos que quando elas eram desmascaradas, o feitiço acabava e deixavam de ser bruxas. Meu sogro contava que saiu para pescar e levou o filho mais velho junto.Até meia noite pescaram tranquilos. ---Ah...mais na madrugada passei trabalho.Nóis tava na canoa, eu tarrafiando e o juvenali remando.Quando dirrepenti nois começô a iscutá umas gargaiada.Eu não liguei, mais o juvenali esti tristi começô a faze iscarne.Ai apreceu três broboleta grande bem icima das nossa cabeça, até arrepiou os cabelo.Elas voavam e diziam 1,2,3. Foi ai qui o juvenali dissi :Ô meu pai, eu vo gritá:óia rapaz, tu não brincas com essas coisa pode se uma parença do otro mundu .Ele não me iscuto e gritô quando elas falaram:1,2,3. Ele gritô 4.Caiu duas rapariga nuazinha dentro da canoa.Só deu tempo di pega os nosso palitó e tampá elas, magi eu logo conheci as duas; era as fia du Mané Cipriano.Começaram á chora e mi contaram que era três.A mãe tava juntu ensinando o oficio de bruxa pra fias.A mãe escapou por que era a mais sabída. Foi intaõ que tivemo que levá as duas pra casa delas e contei tudo pro pai delas.Dicertu, as três ganharam uma surra.Meu sogro voltou á pescar e não as viu mais.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
bruxas reconhecidas
São muitos os casos que contam sobre as bruxas . Em muitos,desconfiavam que as próprias avós e madrinhas embruxavam a criança. A mãe percebia o desespero do filho quando elas chegavam . No norte da ilha havia um menino que chorava muito.Toda noite aparecia uma borboleta no quarto.Os pais chamaram a bendezeira.Realmemte a borboleta estava rodando em volta do berço.A bendezeira chamou o pai na cozinha e falou -oia eu vou faze uma simpatia e tu pegas a vassoura e vê se consegue quebra a asa dela.Se tu consegui, amanhã tu vai sabe quem é a disgramada que anda fazendo isto.O pai lutou tanto e quebrou a asa da borboleta.Saiu se arrastando com uma asa só e não foi mais vista naquela noite. No outro dia cedo, apareceu a comadre com o braço quebrado na casa do menino . Então o pai falou -Ah... és tu digraçada que andas aqui sua bruxa.A mulher saiu cabisbaixa e envergonhada e não respondeu nada. diziam os mais velhos que quando elas eram desmascaradas, o feitiço acabava e deixavam de ser bruxas. Meu sogro contava que saiu para pescar e levou o filho mais velho junto.Até meia noite pescaram tranquilos. ---Ah...mais na madrugada passei trabalho.Nóis tava na canoa, eu tarrafiando e o juvenali remando.Quando dirrepenti nois começô a iscutá umas gargaiada.Eu não liguei, mais o juvenali esti tristi começô a faze iscarne.Ai apreceu três broboleta grande bem icima das nossa cabeça, até arrepiou os cabelo.Elas voavam e diziam 1,2,3. Foi ai qui o juvenali dissi :Ô meu pai, eu vo gritá:óia rapaz, tu não brincas com essas coisa pode se uma parença do otro mundu .Ele não me iscuto e gritô quando elas falaram:1,2,3. Ele gritô 4.Caiu duas rapariga nuazinha dentro da canoa.Só deu tempo di pega os nosso palitó e tampá elas, magi eu logo conheci as duas; era as fia du Mané Cipriano.Começaram á chora e mi contaram que era três.A mãe tava juntu ensinando o oficio de bruxa pra fias.A mãe escapou por que era a mais sabída. Foi intaõ que tivemo que levá as duas pra casa delas e contei tudo pro pai delas.Dicertu, as três ganharam uma surra.Meu sogro voltou á pescar e não as viu mais.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
As crenças e bruxarias.
Com a falta da luz elétrica, as noites eram apavorantes por aqui. Só os pescadores saiam para pesca e as mulheres sentadas fazendo renda de bilros do lado uma lamparina para clariar. Perto da meia noite alguns recém nascidos começavam a chorar como se sentise alguma dor, as maes já imaginavam que eram bruxas atacando a criança. No outro dia cedo chamavam a benzideira que entendia de bruxaria ela chegava na casa observava marcas roxas na criança dizia: oia só minha fia teu fio tá todo chupado pelas marvada, vou ti indica uma simpatía pra modi tu faze e sarva esti menino, tu pegas uma cueca do teu marido vira duaveso e ponhi dibaixo do traviseirinho dele a tisoura aberta tambem é bom, se tu ve arguma broboleta feia é elas que tão rondando a tua casa, tu pegas bastanti aio e arruda ismaga bem e ponhi atrás da porta du quarto. A benzideira então fazia uma reza: Eu ti benzo di quebrante e mau oiado em nome di deus e da virge maria. Colocava uma figa no pescoço da criança fazia um patuá (brebe) para espantar as bruxas. Era muito rotineiro ouvir casos sobre as bruxas, vou narrar alguns. Era comum dizer que as mulheres de cabelo branco despenteado nariz grande, sem dentes e ceú da boca fundo essas sim tinham as característica de ser uma bruxa. A noite elas pegavam os cavalos nos pastos e calopavam dando muitas gargalhadas, os pescadores ouviam e não tinham medo já estavam acostumados. Elas provocavam fazendo tranças nas colas dos cavalos embrulhavam as redes, escondiam as canoas e tudo que faziam era bem feito, os nós que elas faziam os pobres pescadores não conseguiam desmanchar. Tudo que acontecia de ruim diziam que era arte das bruxas. As benzideiras eram senhoras muito respeitadas e ajudavam as pessoas livrando-as das bruxarias.
Onde e como nasciam os bêbes.
Não existia maternidade. Os partos eram feitos em casa. Mulheres corajosas chamadas parteiras, corriam quando chegava um homem a cavalo ou à charrete pedindo ajuda - corre sinhá minha mulher tá preste a dar luz. Passavam na casa da benzedeira pegavam seus raminhos de arruda e alecrim, lá saiam correndo. Ao chegar a parteira gritava preciso de muita água quente. Eu escutava e me perguntava para que ela está pedindo tanta água quente? Mais eramos afastados para longe sem imaginar o que estava acontecendo. Alguém gritava - saiam daqui a cegonha vai trazer um irmão para vocês, a cegonha tem um bico grande e vai comer vocês.Juro que não entendiamos nada e obedeciamos muito assustados. Muitas crianças e mães morriam no parto por falta de assistência médica. As mulheres todos os anos tinham filhos, não existia anticoncepcional. Acho que era um orgulho para os pais ter muitos filhos só que escolhiam nomes estranhos sendo que a maioria eram nomes de santos. Me contaram que tinham pais que iam no escrivão registrar depois de um ou dois anos dai trocavam a idade dos filhos. Também não havia fraldas descartáveis, eram de pano e calça plástica.Os bebes eram enrolados no pano chamado cueiros, ficavam parecendo um cartucho só aparecia a cabeçinha e permaneciam enrolados até dois ou treis meses de idade. A parteira e benzedeira orientavam a mãe, vou tentar descrever da maneira como falavam que por sinal é muito engraçado. A parteira: Oia minha fia tu tens que fazê resguardi tu num sai no vento suli num lava a cabeça antis di completa mesi e só podis comer cardo di galinha tu das bastanti chá di funcho pra criança si tu num tive resguardi vas pega uma recaida. A bendezeira falava assim: minha fia tu cuida dos zóio grande nessa criança e se tive chorando muito di noiti podis crê qui é enbruxado ai é só manda arguem mi chama. Terminado o parto e as recomendações, voltavam para suas casas sem cobrar o serviço e tendo a certeza que teriam que voltar no ano seguinte.
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Namoros no tempo da vovó...
Minha linda Floripa!
Olá meus amigos sou uma mulher de cinquenta anos sou apaixonada por objetos e histórias antigas. Desde meus sete anos gostava de sentar perto dos idosos e pedia que me contasse algumas história. Estudei até a sétima série casei aos quatorze anos com coragem resolvi criar esse blogger por que adoro ler escrever mesmo sabendo que posso errar no português. Sou uma autêntica manezinha da ilha da mágia linda e bela Florianópolis, gostaria de compartilhar com os amigos como viviamos aqui antigamente, pessoas da minha idade que conheceram histórias (casos) diferentes dos meus fatos e compartilhar comigo. Prometo ser verdadeira não pretendo inventar nada .
sábado, 23 de fevereiro de 2013
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